Assistência farmacêutica ainda é deficiente em Petrolina

05/12/2013 16:15


 

Por Ricardo Sousa

A Assistência Farmacêutica representa hoje um dos setores de maior impacto financeiro no âmbito das Secretarias de Saúde e a tendência de demanda por medicamentos é crescente. A ausência de um medicamento pode acarretar grandes desperdícios de recursos escassos e provocar questionamentos da população referente a falta de medicamentos.

Em Petrolina, a falta de medicamentos nos postos de saúde, vem se tornando alvo de reclamações de algumas pessoas que necessitam de um remédio. A maior falta de medicamentos está relacionada a remédios de hipertensão e diabetes.  A comunitária do bairro João de Deus em Petrolina, Aldenir Maria, afirma que é preciso se deslocar 10 Km do bairro onde mora para outra unidade para conseguir um medicamento “em vários postos da cidade está acontecendo isso, eu tenho que tomar medicação todos os dias e não estou encontrando, é obrigação do posto ter”, afirma.

Portador de doenças hepáticas e crônicas, Valter Romão morador do Bairro Areia Branca em Petrolina, relata que não encontra os Remédios que necessita “eu acho que é obrigação do posto de saúde ter o remédio que eu preciso, eu não tenho condições financeiras de comprar porque são muito caros”, declarou.

A coordenadora de assistência farmacêutica do município Maria Tereza Moraes, explica que o plano para abastecer as unidades de saúde no município ainda encontra dificuldades. “A Secretaria de Saúde atende bem a demanda de medicamentos, mas acontece ocasionalmente de termos algum contratempo”argumentou.

Segundo a coordenadora, as estatísticas de falta de medicamentos são constantes e todo o mês é feita uma relação de todos os medicamentos que estão em ausentes, nas unidades de saúde. Essa relação é enviada ao Governo Estadual que tem 64% de contribuição no município “o que pertence ao município é repassado para os postos de saúde. O estado é quem demora em repassar esses medicamentos. Para se ter uma idéia, as licitações de remédios que estavam em falta em 2012 só chegaram agora, no início deste mês” afirmou a coordenadora que também orienta àquelas pessoas que não encontrarem algum medicamento nas unidades básicas de saúde podem ligar para o número 156, da secretaria de saúde.

Entre outras razões para a falta de remédios estão à burocracia para a aprovação da compra e a demora no repasse dos medicamentos pelos laboratórios dos fabricantes e distribuidores.