Horta comunitária reforça medicina alternativa em Sobradinho (BA)
17/09/2013 15:12Por Lindomar Herculino
Em tempos de onda verde, ou ecologicamente correto a procura por soluções naturais para os mais diversos problemas é uma constante na vida das pessoas. Na área de saúde não poderia ser diferente. A procura pela medicina alternativa, antes vista com desconfiança, hoje é uma realidade na vida de quem luta contra as doenças modernas, chegando a ser indicada por profissionais da área de saúde.
Maria do Espírito Santo (ao centro) na horta de Sobradinho (BA)
A horta comunitária do Centro Comunitário Antônio Conselheiro possui uma tradição de mais de 25 anos cuidando da saúde dos moradores de Sobradinho/BA. Com eficácia comprovada pelo relato de várias pessoas que alcançaram curas de doenças sérias como úlcera, gastrite e até câncer a horta cultiva muitos tipos de ervas que são usadas na confecção de xaropes, “garrafadas” e chás e vendidos à população por preços simbólicos que variam de R$ 5 a R$ 15.
Como a horta não possui fins lucrativos, o dinheiro arrecadado serve apenas para repor os estoques de cascas de paus nativos que são comprados dos moradores do interior para abastecer a farmácia natural.
A Srª Maria do Espírito Santo, moradora antiga da cidade informa que muito se beneficia dos remédios vendidos na horta, inclusive, que após ver os resultados na prática, passou a auxiliar no cultivo das ervas produzidas pela unidade.
Criada inicialmente para incentivar o contato de alunos adolescentes da rede municipal de ensino a horta foi sendo direcionada para os mais velhos cuidarem. Servindo tanto para ocupar o tempo, como também para manter a tradição da medicina natural, que hoje se encontra numa espécie de modismo entre os antes céticos.
Francisca Ferreira dos Anjos a “Ceci”, responsável pela manutenção da horta e comercialização dos remédios ali produzidos nos dá uma idéia da variedade de remédios produzidos na horta e ervas cultivadas nos canteiros:
“Dona Ceci” garante que o movimento na farmácia da horta é intenso atendendo uma média de 60 a 80 cliente por mês. Alguns deles apresentam inclusive receituário médico tradicional prescrito pelos médicos da rede pública local.